domingo, 8 de abril de 2012

Não Abandone os Animais!

Amigos e Amigas,

Uma bela leitura a seguir para reflexão de todos...

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas." O pequeno príncipe

Recebemos inúmeros pedidos de ajuda para se desfazer do animal, por diversos motivos: mudança, viagem, desemprego, doença, brigas entr os animais, etc. Há uma cultura de que o animal é um objeto da casa, não tendo prioridade alguma, e sendo o primeiro a ser descartado ou esquecido quando surge alguma dificuldade, como se fosse um peso. As pessoas querem apoio para repassar o animal, seja para a casa de alguém ou mesmo para um abrigo, acreditando assim, que isso não seria um abandono e poderá ficar com sua consciência tranquila. Ledo engano. Excluir um membro da família, com a qual ele criou laços afetivos fortes, e entregá-lo a um destino incerto, é abandono e gera muito sofrimento ao animal.

Uma coisa é resgatar um animal de uma situação difícil e perigosa nas ruas, e encaminhá-lo para um lar responsável e amoroso. Isso é uma medida de intervenção em uma violência que o animao sofreu. Mas, após decidir deliberadamente incluir um animal a família e depois de meses ou anos, simplesmente desistir dele por qualquer motivo que seja, é um ato irresponsável, anti-ético e frio.

Adotar um animal é um compromisso a longo prazo muito grande, pois é integrar um novo membro à sua família. Para isso, você precisa ter certeza de que pode arcar com essa responsabilidade para toda a vida do animal, que é em torno de 20 anos. Caso não seja capaz, não adote para depois gerar sofrimento para o animal. A adoção deve ser criteriosamente planejada.

Dificuldades ao longo da vida, aparecem para todos, e é absolutamente normal e comum. O que não pode ser normal e se tornar comum, é desistir de membros da família a cada dificuldade. Somos seres racionais, e devemos usar essa racionalidade para o bem. Devemos buscar soluções éticas, e não maquiavélicas, em que os fins justificam os meios, não se importando com os sentimentos dos envolvidos, principalmente dos quais nos tornamos responsáveis. Portanto, se pensar bem e modificar prioridades, abandonar um animal nunca será uma necessidade a ser cogitada.

Somos um grupo de educação radical, ou seja, que explora e atua nos problemas desde sua raiz para solucioná-los de forma verdadeira e não superficial. Portanto, não podemos colaborar com atitudes que condizem com a guarda irresponsável, o abandono, a coisificação animal, a justificativa de abrigos que são verdadeiros depósitos para animais, etc. Se a pessoa vier a abandonar o animal nas ruas, ou mantê-lo em condições de maus tratos, esta deve ser prontamente denunciada e pagar legalmente por seu crime.

As entidade de Direitos Animais, devem se posicionar em seu papel de defesa dos animais, e denunciar os maus tratos, nunca colaborando com eles, nunca passando a mão na cabeça de quem usa os animais de forma leviana, mas sendo firmes em educar a sociedade para o respeito e responsabilidade aos animais. Colaborar com atitudes irresponsáveis, perpetua o que queremos mudar.

Texto de União Libertária Animal - ULA. Faz parte da Campanha Lute por mim.

sábado, 7 de abril de 2012

Falando Sobre Valentina - Parte 3


Parte 3 – A Irresponsabilidade e Abandono

Em postagem anterior mencionei a irresponsabilidade de quem acha que animais são objetos descartáveis. A história de Valentina foi desenhada por alguns desses irresponsáveis.

Conforme contei, Valentina chegou até nós em decorrência de uma desistência de posse, ou seja, alguém por alguma razão decidiu que não queria mais aquele bichinho.

Passado algum tempo da chegada da nossa pequenina, procurei saber os motivos porque que ela foi descartada. Segundo relato, a história foi a seguinte: Valentina, que ainda era Jully, fora comprada em criador irresponsável através de um anúncio de jornal. O motivo da compra foi bastante absurdo, para não dizer imbecil, estúpido, tosco e outras coisas impublicáveis: o marido não queria comprar o ingresso de um show para sua mulher, então decidiu comprar um cachorro para ela. Ele não quis levá-la ao motel para uma noite de intenso amor e sexo. Ele achou melhor comprar um bichinho. Algo mais imbecil do que isso?

Uma vez que a filhotinha não se adaptara à rotina da nova casa (o casal trabalhava o dia inteiro e já tinha em casa uma Yorkshire idosa), acharam por bem se desfazer da pequena compra. Segundo soube, eu já era a 3ª pessoa para quem ofereciam a cadelinha. Devem ter pensado(?) que não seria crueldade ou algo desumano se livrar dela. Era só um objeto que haviam comprado e que não mais lhes servia. Por que não pensaram antes de comprar? Mais ainda: Por que comprar?

Aliado a isso, não posso esquecer o canalha que vendeu o animal. O irresponsável vende vidas sem o menor pudor. Além de vender, o infeliz não cuida da saúde dos animais. Valentina foi uma das muitas vítimas desse miserável. Nossa menina sofreu com sarna demodécica (doença passada da mãe ao filhote, causada por um ácaro, não contagiosa, que provoca coceira, crostas e feridas na pele do animal) que foi tratada e controlada, e a hepatopatia que a levou de nós, congênita e fulminante.

Tentei saber quem era o canalha que havia vendido Valentina, mas disseram não se lembrar. Quantos filhotes foram vendidos por esse maldito? Quantos ficaram doentes e não receberam assistência? Quantos foram abandonados depois de adoecerem? Quantos ainda serão vítimas da irresponsabilidade desse infame e de tantos outros?

Quem compra animais não se importa com isso. Quer satisfazer o seu efêmero desejo de adquirir algo. Não leva em consideração que aquele bichinho é um ser vivo que sente dor, frio, fome, tristeza, alegria, pode ficar doente, precisa de cuidados e que tende a viver muitos anos. No caso de cães e gatos, a tendência é de 15 a 20 anos de existência.

Só nós sabemos a saudade que sentimos de nossa pequena ferinha. Ela alegrava a casa. Como era bom acordar com ela fazendo festinha. Quando saíamos, ela ficava triste, mas, quando voltávamos, era uma alegria só. Nossa saúde melhorou com ela. Apenas o tempo amainará a dor da ausência de nossa filhotinha.

Não comprem animais. Adotem! Amigos não são podem ser comprados. É importante ter responsabilidade para adquirir um bichinho. Animais não são coisas, são seres vivos que precisam de cuidados. Não abandonem seus animais de estimação.

"Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações em seu próprio interior. Tudo o que fazemos produz efeito, causa algum impacto”. Dalai Lama (Nobel da Paz, 1989)

A seguir, alguns links de protetores.
Caso haja a vontade de adotar, contate-os.
Se puder, colabore com doações.

Um fraterno abraço.

Links de protetores: